Projeto Final Finalização + Peça Teatral de Minha Autoria Descartada (Férias em Goiás)

Olá amores e amoras como estão?
Hoje venho falar mais um pouquinho do meu Projeto Final da Faculdade!
Terminei pessoas ( eba!!!!!!!!!) Depois aí de quase 4 meses, entre pesquisas, desânimo, cansaço, estresse e outras cositas! Ainda não recebi minha nota, aliás estou esperando uma análise do meu tutor eletrônico, ainda passarei pela apresentação em dezembro enfim, tenho um caminho ainda a caminhar, mas estou muito feliz com o resultado, era tudo que tinha imaginado e até mais! Infelizmente não é um projeto que será colocado em prática, mas quem sabe um dia ,né!
Com já havia falado por aqui, ele tem minha essência, pois tive experiências incríveis na minha vida escolar e também fora dela com essas duas vertentes artísticas então poder passar um pouco dessa paixonite dupla para as crianças é um sonho a realizar!
Bom, trago para vocês uma peça teatral que escrevi durante minhas férias que a princípio seria parte do projeto, porém devido a faixa etária e o meu foco não combinar exatamente ela foi descartada! 
Mas desejo dividi-las com vocês, em especial professores que trabalham com os Anos Finais do Ensino Fundamental, creio eu que possa vir a contribuir com o trabalho de vocês!
Bem o foco da peça é o Meio Ambiente, assunto mais do que atual não é mesmo?
Bem a história se passa no meu estado, pois também queria trabalhar um pouco da cultura de Goiás enfim, vamos a peça ;)





TÍTULO: Férias em Goiás




Narrador: Caros amigos sejam todos bem vindos a essa aventura!
Uma aventura sobre amizade, companheirismo e amor a natureza!
Tudo começa quando três irmãos, João, Rafael e Mariana viajam da grande São Paulo, rumo a pequena cidade, porém bela, Pirenópolis, no interior do Estado de Goiás, para passarem as férias de julho, aliás faço aqui uma ressalva “por livre espontânea pressão” ...uma mera tentativa de sua mãe Lívia, em tirá-los um pouco da tão afamada tecnologia dos celulares e internet...afinal segundo ela, a vida é muito mais que uma mera rede social ... Bem voltamos a história... como disse,  para passarem as férias de julho na pousada de seus avós maternos Dona Ana e seu Zé Bento, um lugar tranquilo em meio a natureza ...
Mas antes de continuarmos nossa aventura, vamos conhecer um pouquinho mais os nossos futuros amigos ...
João, de 16 anos está na fase ‘tudo me aborrece’, a companhia de seus irmãos mais novos em um lugar como ele próprio diz ‘sem nada’ é a melhor tortura a qual um adolescente em ascensão social poderia sofrer ..., Ele ama futebol, está a procura de uma gatinha, e fica horas nas redes sociais ...
Rafael, o inteligente da família, com apenas 14anos, já é considerado um menino prodígio, com suas notas um ‘azul turquesa’, ele ama ciências e gosta de ser comparado ao Darwin, odeia qualquer tipo de rede social, prefere pesquisar sobre animais, e o espaço, seu sonho? Trabalhar na NASA!
Mariana, a caçula da trupe, com apenas 6 anos, o seu mundo é cor-de-rosa, tudo para ela é novidade, o que  é real se torna fantasia! Está sempre sorrindo, e é muito carinhosa... não suporta a neura do seu irmão do meio, mas é a fã número um do seu irmão mais velho, exceto quando ele meche no seu cabelo e come suas guloseimas...
Bom, aos outros deixo as apresentações para depois... estão preparados para essa aventura??
Então ....


PRIMEIRA CENA (ENTRADA DA POUSADA)

João: - Eles nos mandam para esse fim de mundo e nem para vir junto ...Taxi? Somos mercadoria por acaso? (emburrado, pegando as bagagens do porta mala do taxi) – Ah, Fala Sério! Oh Nanico, para que você trouxe isso? Formigas são coisas que tem em todo lugar, idiota!
Rafael: - Não, essa sociedade! Eu a criei! Estou fazendo estudos sobre elas!
João: Nerds! ( com tom irônico, João entrega a Rafael, o seu aquário, ou melhor dizendo seu formigário)
(Mariana segurando seu ursinho favorito o Blue, faz careta imitando Rafael, enquanto caminha em direção a porteira da pousada, onde seus avós os esperam!)
Zé Bento: -Meus queridos Netinhos! Como Cresceram!
(Todos correm gritando pelos seus avós, dando-lhes um abraço caloroso, exceto João, afinal isso estraga sua ‘imagem’).
Dona Ana: - Meus amores! Vou leva-los aos seus quartos e enquanto desfazem as malas, preparo o lanche de vocês ....Alguém se lembra dos meus bolinhos de chuvas?(Todos vibram de alegria, bolinho de chuva da vovó, o melhor lanche já inventado)Ah, antes que me esqueça, onde estão os trens?
Rafael: - Na Estação? (Todos caem na risada, menos os avós que estão bem sérios)
Zé Bento: -Vejo que temos um piadista na família! (um momento de silêncio, nada legal). Sua mãe, e nós conversamos muito, enquanto vocês viam para cá, e decidimos que vocês precisam muito mais do que ar puro! Precisam, se socializar, se divertirem... serem irmãos! Não é normal, crianças passarem horas na frente de uma tela, sem conversarem com os outros ao redor! Isso é doentio!
João: - Crianças vírgula!  ( e lá vem o rebelde da família)
Dona Ana: - Bom João, isso agora não vem ao caso! O fato é que decidimos que vocês, ficarão sem celular ou qualquer coisa que os deixem aéreos por esses dias! Não sei se perceberam mas temos um mundo lindo lá fora, com muitas coisas legais e merecedores de sua atenção... (Todos fazem caretas, e resmungam)... Já chega? Pronto! Sem discussões! Vamos fazer um acordo ( todos ficam atentos, pensando em virar o jogo, exceto Mariana que já se encantara pelo belo jardim em frente a casa) Quinze dias! Se em quinze dias você me convencerem que o que temos aqui não é nada! Que é apenas mato e coisas sem graças, deixo vocês usarem esses trecos, o restante dos dias e não falarei mais nada, mas ...
João: - Mas...?
Dona Ana: - Se descobrirem o contrário ... terão que cumprir o meu desejo!
Mariana: -Desejo vovó? Igual dos contos de fadas?( que até então estava distraída com as margaridas de sua avó,veio correndo  com curiosidade )
Dona Ana – Terão que passar  pelo menos uma de suas férias,todos os anos, aqui! Aliás sinto falta de vocês crianças!
João: -Vir a este fim de mundo todos os anos? Sem chance! Desafio aceito!


SEGUNDA CENA (NO CAFÉ DA MANHÃ)

Narrador: Depois de um dia e meio trancados em seu quarto, João e Rafael, finalmente se renderam ao cheirinho de bolo de fubá da vovó, ao contrário de Mariana que encantada com o lugar e os animais do pequeno curral, segue seu avô para onde for ....
Zé Bento: -He,he! Finalmente saíram da toca meninos! E estão proibidos de voltarem ... preciso de companhia! Aliás, precisamos né Mari?
João: - Para que?
Mariana: - Vovô vai nos levar para conhecer o rio! (com entusiasmo)
Zé Bento: -Sim, querida! E as maravilhas do cerrado!
João: (suspirando) –Bom, qualquer coisa é melhor do que o teto do meu quarto... estou cansado de encará-lo....
Rafael: - Hum, pode ser legal! (pensativo) Posso levar minhas formigas para passear ...
João: -Rá!Nerd! Nem pense em levar aquela caixa de lixo! Carregue sozinho ( dá um cascudo no irmão)
Dona Ana: -Então meus queridos, tomem direito o café, pois terão muito o que caminhar ... Pelo que vejo, vou ganhar a aposta!( piscadela)
João: -Veremos vó, veremos! (Todos caem na risada).




TERCEIRA CENA (NA MATA)


Narrador: Depois do delicioso café da Dona Ana, nossos amigos seguem rumo ao rio, acompanhados pelo  avô Zé Bento, que durante a caminhada, foi mostrando aos netos toda a beleza natural da pousada, sua flora como os pés de pequi, pitomba, cajá, caju e os belos Ipês com suas coloridas flores, brancas, amarelas e lilás. No meio do caminho também se depararam com muitas espécies de animais, passarinhos, Anu-branco, Anu-preto, tucanos, joão-de-barro, bem-te-vi e até mesmo andarilho e beija-flores...e alguns animais bem interessantes como tatus e antas ...
João: Esse lugar todo pertence ao senhor Vô?
Zé Bento: Estão vendo aqueles abacateiros em frente? (apontando) Depois deles tem uma cerca, lá é o limite... depois tem uma mata fechada de preservação. Apesar de ser uma mata protegida por lei ....fora do papel é outra história ...existem boatos de que algo acontece por lá ..bem ...(pensativo) O rio fica próximo daqui, por aqui ...( Zé Bento segue em frente, desviando o assunto)
Narrador: Depois de alguns minutos seguindo a trilha, já é possível o ouvir o barulho do rio, calmo e contínuo, o dia está ensolarado porém fresco...um clima agradável para um passeio....Ao chegar na margem do rio, Zé Bento tira de sua capanga alguns sacos de lixos ...
Mariana: -Para que isso vovô?
Zé Bento


: -Venham, vou mostrar a vocês...
Narrador: Nas margens do rio, havia muito lixo... garrafas pets, restos de comidas, latas, papéis, parecendo que uma multidão passara por ali ... Zé Bento entregou um saco de lixo para cada um, e com pequenas varas improvisadas por umas duas horas, fizeram a limpeza daquele pequeno local, nem a metade do que precisava ser limpo...cansados, sentaram-se nas pedras, colocando seus pés nas águas cristalinas e um tanto gelada do rio ...
Rafael: -Alguns cientistas falam que a Terra daqui alguns anos será um grande caminhão de lixo... tenho que concordar... isso não vai demorar muito!
Mariana: (com os braços cruzados e com raiva) – E os animais e as plantas irão morrer, todos! Isso é injusto!
João: (deitado em uma das pedras olhando para o céu) –Só os animais? Estamos nesta lista! Vô, sendo sua pousada.... não deveria proibir tais atitudes? Sei lá ... isso tudo aqui é seu...tipo... é como sujar a sua sala de estar ...
Zé Bento: - Bem, toda semanas distribuímos  panfletos para orientar os turistas, mas é complicado...se somos muito enjoados ...perdemos clientes! Mas para ser sincero, queria poder fazer mais! Não aguento mais fazer isso todos os dias (apontando para os sacos de lixo) e gosto de mais daqui, para ver tudo acabar!
Rafael: -Podemos pensar em algo, pesquisar na internet ..talvez tenhamos alguma ideia e ...
Zé Bento: -E uma bela desculpa para ficarem em seus quartos novamente, vegetando?
João: -A internet não é totalmente ruim, tem coisas boas ali, e que podem ajudar pessoas e o mundo, só precisa usá-la direito!
Rafael: -Falou o cara que joga o dia inteiro! (risos) –Mas vô! Ele tem razão, podemos procurar sim, alguma ideia que ajude!
Zé Bento:(Se levantando, pensativo) –Ok,ok crianças! Pensarei no assunto! Mas agora vamos retornar, tenho muito que fazer! Esse final de semana chegará uma grande excursão para cá, como é inicio de temporada de férias, sempre realizamos uma pequena quermesse, com pratos típicos, e catira! Preciso organizar tudo!
Mariana: -Catira? O que é isso?
João:- È uma dança para matar baratas!
Zé Bento: -Não, minha querida! E uma dança muito bonita do nosso folclore, são anos de tradição!
João: -De matar barata ..
(Zé Bento, puxa a orelha de João, e todos acabam rindo)
Narrador: A caminhada de volta, apesar do cansaço, refletia-se ali o encantamento de nossos amigos pelo que tinham visto... e no coração de Zé Bento, crescia a certeza de que havia plantado algo no coração dos seus netos... o amor pela natureza...
Zé Bento: -Crianças se quiserem voltarem ao rio, terão que ir sozinhos, estarei um tanto ocupado em organizar a recepção... estão vendo os sinos nos pés de Ipês? (ao apontar olhou para cada um para ter certeza) são sinos de socorro! Se acontecer algo, não hesitem em balança-los! Virei correndo!Ah! E mais uma coisa! Estão proibidos de passarem pelas cercas da divisa!Ok?! Na mata fechada, não é seguro!
Narrador: Todos se entreolharam e concordaram com a cabeça, mas aquela pequena ‘pena’ chamada curiosidade, começara a cutucar as orelhas de nossos amigos ...e fica a pergunta... Eles vão cumprir o acordo?


QUARTA CENA ( NA POUSADA)


Narrador: No dia seguinte, nem precisou de Dona Ana, chamar duas vezes, pois nossos amigos acordaram muito dispostos e animados para mais uma ida ao rio, na noite anterior Zé Bento havia mostrado a João e Rafael as técnicas de pescar e contara algumas estórias de pescador, na maioria impossíveis de acreditar, mas a empolgação foi tanta que fizeram uma aposta entre ambos, sobre quem iria pegar mais peixes...Dona Ana preparara uma cesta com frutas e alguns sanduíches, além de sucos e água potável... segundo ela, era um dia lindo para um piquenique...
E nossos amigos, deixando seus avós com seus afazeres diários, foram rumo a aventura que mudará suas vidas, para sempre!

QUINTA CENA ( NO RIO)

Narrador: Enquanto João e Rafael se enrolavam com os anzóis e as varas de pescar, Mariana foi colher flores nas margens do rio, queria fazer uma coroa e um ramalhete de flores, pois era uma princesa, que precisava  se casar!Obedecendo as ordens de seus irmãos mais velhos, procurou ficar sempre próximo... deixara a cesta que Dona Ana fizera, nas pedras perto da pequena cachoeira ...
As horas foram passando e nossos amigos estavam se divertindo muito, Rafael pegara oito  lambaris e João ...bem,  João ... ele esta se saindo bem ... se considerar os três lambaris que fisgara...
Mariana que havia ficado horas, escolhendo flores e gravetos, sentira fome a ponto de sentir o cheiro dos pão de queijos, que sua avó colocara na cesta ... com uma alegria imensa resolvera saciar o seu desejo... ao se aproximar ...a cesta balançou ... Mariana deu um passo para trás se assustando... balançou a cabeça negativamente e avançou novamente ... só que dessa vez .. viu algo sair da tampa... primeiro ficou parada observando... curiosa ... novamente a cesta balançou a ponto de cair para o lado ... e de repente ...
MARIANA: (grito) AHHHHHHHHHHHH!

Narrador: Os meninos deixaram os peixes que seguravam cair no chão e correram em direção a irmã com as varas em posição de defesa...
João: -O que foi?Machucou?O que foi? Você  está bem? (conferindo o corpo pequeno de sua irmã)
Mariana: (gaguejando) –Tem, t... em u ... um ..b...b....
Rafael:-Desembucha!
Mariana: - A cesta! Tem um bicho na cesta!
Narrador: João com cautela, se aproxima da cesta... e com a vara, abre a tampa ...olha para os irmãos e novamente para a cesta, agachando para olhar melhor ....
João: -Sim! Acho que é um filhote! E ...(observando) Está machucado!
Rafael: -  Filhote? De que? Ei,sai daí e se for venenoso?
João:- Não! Ele é bonitinho! ( João retira o filhote com cuidado da cesta, que está fraco e assustado, Rafael se aproxima para observá-lo) E ai Nerd tem noção do que é?
Rafael:- Bem ... não tenho certeza, mas acho que é ...(pensativo) é um ta ...ta ...ta ...ah é isso! É um tamanduá!
Mariana:- Cuidado! Ele vai te comer (começa a chorar)
Rafael: -Calma! Ele é inofensivo ... bem a não ser que eu seja uma formiga!Quer ver ...  (Rafael sai procurando um formigueiro e depois de alguns minutos retorna com um pouco de formigas em suas mãos) Veja! ( ao estender suas mãos com as formigas, o pequeno tamanduá ainda com receio, estende sua enorme língua ainda pequena se comparada com a de um adulto, pegando as formigas das mãos do Rafael)
Mariana: (encantada com o que via) –Uau! Que linguona! Tem cola nela?Uau, que gracinha!
João: (observando as patas do bichano) – Ele está machucado! Parece que sua pata traseira está quebrada! Onde está a mãe dele?
Mariana: -Podemos ficar com ele? (empolgada)
João: -Lógico que não! É um animal silvestre, nosso avô não iria deixar!
Rafael: -Mas não podemos deixá-lo assim! Pelo menos precisamos encontrar sua mãe!
Narrador: Depois de mais algumas formigas e tentativas frustradas de soluções...
João: -Ok!Vamos levá-lo  conosco! Mas ... só até ele melhorar! E vamos vir todos os dias para procurar a mãe dele! E ... o mais importante! O vô e a vó não podem ficar sabendo,.combinado?

(Todos concordaram! Mariana a mais animada, enrolarão pequeno ‘Adesivo’ nome carinhoso que dera ao pequeno tamanduá, em um pano que estava na cesta, escondendo-o bem para evitar ser descoberto. Já estava anoitecendo, e precisavam voltar.Ao longe, já escutava-se o som dos violões na  quermesse )

SEXTA CENA (NO QUARTO)

Narrador: Já se passava das 23h, quando nossos amigos se reuniram em uma reunião secreta para discutir sobre o ‘Adesivo’.
João: - Temos que devolve-lo a natureza, antes que nossos avós descubram!
Mariana: (com Adesivo no colo, enrolado em uma coberta) –Mas ainda não encontramos sua mamãe, e ele ainda não está bem!
Rafael: - A sorte que a perna dele não estava quebrada!Mas tenho que concordar com ele!Já não agüento mentir para nossas avós!
João: - Engraçado!Que já tem cinco dias que andamos na região da pousada, e não encontramos nenhum rastro da mãe dele ...(pensativo) A não ser que ...
Rafael: - Que?
João:- Esteja na mata fechada!
Mariana:- Depois da cerca?
Rafael:- Faz sentido! Mas não podemos ir lá, lembra? Podemos apenas deixá-lo na entrada da mata... e ...
Mariana: - Não vou deixar o Adesivo sozinho! È perigoso (com os olhos cheios de lágrimas) Temos que levar ele para a mãe!
João:- Cara, nem sei por que vou dizer isso, mas... Ai...eu também me afeiçoei a esse comedor de formigas!
Rafael: - Finalmente, concordamos em algo! Até acabei com minha sociedade de formigas por ele!Quer dizer... ele entrou nele e ..Olha só a pança dele!
(Todos riram!)
João: - Temos que ir lá!Mas precisamos de um dia em que o vô, não esteja aqui!
Mariana: - Vovó disse que eles vão à cidade, quinta-feira para fazer compras!
Rafael: - Só precisamos despistar os empregados!(eles se entreolharam)
João: - Todos pelo Adesivo?
Todos: - Sim!

SÉTIMA CENA (NA MATA)

Narrador: E nossos amigos, aguardaram ansiosamente para o grande dia, faltava apenas uma semana para o retorno a São Paulo e os dias que passaram ali na pousada ficaria marcado para sempre em seus corações. Aprenderam a amar a natureza, a cultura do lugar onde sua mãe fora criada, e acima de tudo, a viverem como irmãos.
Zé Bento e Dona Ana saíram cedo rumo a ao centro da cidade, deixando os meninos aos cuidados de seus empregados, eles por sua vez prometeram aos avós que iriam se comportar e iriam se divertir pescando no rio, porém estavam rumo a mata fechada com esperança de ajudar o pequeno amiguinho Adesivo.
Ao chegarem na beira do rio nossos amigos se reuniram para discutir o plano...
João: - Não conhecemos nada daqui, é perigoso nos perdemos, então precisamos ficar juntos e nunca sair da trilha!
Rafael: - È mata fechada trouxa! Não tem trilha!
(Mariana que estava com Adesivo dentro de sua mochila, estava pensativa olhando no rumo da mata)
Mariana: - João e Maria!
Rafael: - O que?
Mariana: - Eles foram para a floresta e usaram pães  para marcar o caminho!
João:- Não é uma má ideia! Mas vamos usar algo melhor!
Rafael: - Já sei! Maria cadê suas canetinha, e tintas?
(Mariana tirou de sua mochila uma bolsinha com vários materiais de desenho)
Rafael: - Vamos marcar as árvores com isso, vamos fazer uma trilha!
João: - È nerd!Parece que  você é mesmo inteligente! E você também! (passando a mão na cabeça da Mariana). Temos que voltar antes das cinco! Preparados?
(Todos balançam a cabeça em comum acordo e seguem rumo a mata)


OITAVA CENA ( NA MATA FECHADA)

Narrador: Nossos amigos adentraram a mata a procura de algum sinal da mãe do Adesivo, depois de duas horas caminhando, já estavam cansados e quase sem esperança...
Rafael: - Que lugar imenso e parece tudo igual!
João: - Acho que deveríamos ter contado ao vô, sei lá... Chamado os bombeiros, eles iriam saber o que fazer...
Rafael: - È tarde agora! Bem, se não conseguirmos, falamos com ele! E vamos ser sinceros!Estou me sentido em um filme da sessão da tarde!
Mariana:- È divertido!
 (Todos riram)
Mariana: - O que é aquilo? (apontando para algo que estava atrás da árvore) È um bicho?
João: - Sim, parece uma capivara! Mas não está se mexendo... Esperem aqui! Vou olhar mais de perto!
(João se aproxima, e agacha para analisar o animal, volta para junto dos irmãos, com as mãos na cabeça e ar de preocupação)
Rafael: - O que foi?
João: - Tem algo errado aqui! Está morta! Mas...
Mariana: - Tadinha! Morreu de que?
João: - Precisamos olhar mais para ter certeza... Vamos continuar! Mas fiquem perto de mim, não se dispersam!
Narrador: Nossos amigos continuaram seu caminho, e o que viram não foi nada legal!Antas, tatus, micos, todos mortos ou feridos, alguns bem assustados, João e Rafael já entenderam o que estavam acontecendo.Bom pelo menos, desconfiavam. Ao chegarem próximo a uma gruta, escutaram conversas, com medo e receio João escondeu seus irmãos perto de alguns pequizeiros e para descobrir o que havia, foi com cautela o mais próximo possível da gruta. De  onde estava, conseguiu ver algumas jaulas e alguns animais, e infelizmente, lá estava a que poderia ser a mãe do Adesivo .... Tentando não fazer muito alvoroço ele volta para os irmãos!
João: - Precisamos sair daqui agora!
Mariana: - Por quê? E o Adesivo?
Rafael: - É o que estou pensando? (eles se entreolharam)
João: - Sim! Precisamos de ajuda!
Mariana: - O que é?
(Já puxando os irmãos para longe, João dá um suspiro)
João: - Vamos tocar os sinos!


Autora : Elaine de Paula


*Algumas considerações, como podem ver a história não tem um término, isso porque a proposta seria que os alunos iriam escreve-lo e apresentar a peça.
*A história se passa na Fazenda Babilônia, um patrimônio cultural e histórico de Goiás que eu tive a honra de conhece-la na minha época de escola.
Para saber sobre ela, entre no site oficial: http://www.fazendababilonia.com.br/ 

*Bom espero que gostem da história, thau e até mais! 


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